Os Trabalhadores

A principal característica do perfil dos vigilantes dos anos 1969 a 1983 era, além da passagem militar, a baixa escolaridade, a ausência da estrutura militar nas empresas privadas e total falta de direitos.
Os ventos da redemocratização e a retomada do sindicalismo combativo e independente, capitaneado pelos metalúrgicos do ABC paulista, coincidiu com o início das tentativas de organização política da categoria, fundando-se a primeira Associação Profissional, em 1976, no Rio de Janeiro. A partir de 1979/80, ampliaram-se para outros Estados caracterizando-se por mobilizações de rua, greves, protestos e enfrentamentos com a repressão dos governos militares.
Nesse cenário, as lideranças surgidas com uma linha de atuação majoritariamente de esquerda, empreenderam como principal tarefa a desmilitarização da categoria, conquistando direitos trabalhistas (piso salarial, assinatura na Carteira de Trabalho, fardamento gratuito, regulação de jornada), e organizando-se politicamente com inspiração no novo sindicalismo.
Antes da fusão dos Estados da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro, em 1975, a situação das empresas e dos vigilantes, não era bem definida nas normas. Somente com a criação do novo Estado do Rio de Janeiro é que ficou melhor organizada essa atividade. A fiscalização das empresas cabia à DSOS, subordinada à Polícia Civil do Estado.

Com o crescimento do setor em todo Brasil, e com normas variadas nos Estados, em 1983, foi aprovada a Lei Federal n. 7.102, regulando as atividades da segurança privada em todo País. Surgia aí os cursos como empresas, as matérias com carga horária e todas as normas para o funcionamento das empresas e as atividades dos profissionais.

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